quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Curitibocas

A frieza do curitibano já começa no sotaque. Penso nisso sempre que chego em casa, cumprimento meu porteiro com um "boa noitshi" quente, acolhedor, e ele me responde um seco e cortante "boa noite". Talvez venha daí a má fama da terra do leite quente. O T curitibano é contido, reservado, não dá abertura a intimidades. Não tem a fluência lânguida do interior ou a displicência sensual do nordeste. Fica num grau de neutralidade que beira a afetação. Não é de se espantar que cause dor de dente na gente. O curitibano não se entrega num tsch.