quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Curitibocas
A frieza do curitibano já começa no sotaque. Penso nisso sempre que chego em casa, cumprimento meu porteiro com um "boa noitshi" quente, acolhedor, e ele me responde um seco e cortante "boa noite". Talvez venha daí a má fama da terra do leite quente. O T curitibano é contido, reservado, não dá abertura a intimidades. Não tem a fluência lânguida do interior ou a displicência sensual do nordeste. Fica num grau de neutralidade que beira a afetação. Não é de se espantar que cause dor de dente na gente. O curitibano não se entrega num tsch.
domingo, 7 de junho de 2009
Decifra-me ou te devoro
Em uma prateleira estão 3 brincos de rubi e 2 de pérolas, cada um pesando um grama a mais que o anterior. Se você só pode entrar uma vez na sala e não sabe qual índio fala a verdade, e considerando que a primeira princesa viu a lâmpada apagada, depois de não ver a serragem, quantos dedos tem na balança?
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Ao desconcerto do mundo
Sério que não existe um caixa prioritário pra mulheres com cólica? Que espécie de mundo é esse?
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Em meio às incertezas da vida, uma constante
Ontem foi domingo. Ontem o dia estava lindo, céu azul, sol forte, poucas nuvens. Ontem minhas roupas estavam no varal, e estavam secas. Ontem eu não recolhi minhas roupas, uma hora porque estava cozinhando e não queria queimar nada, outra hora porque estava saindo correndo de casa pra não perder o ônibus (perdi, aliás, mas isso é outra história), por último porque estava chegando em casa, cansada e com fome. Hoje, a primeira coisa que eu pensei quando acordei foi "Caralho!". Porque acordei às 8h30 da manhã, ouvindo o barulho de chuva.
Nunca falha. Se eu, por algum motivo, vejo que minhas roupas já estão secas mas não recolho, chove. E o que é pior: chove quando eu estou longe de casa ou dormindo, pra que eu não possa correr pro varal e evitar um estrago completo. A falta de criatividade do mundo me exaspera.
E era de se esperar que, depois de um ano de experiência nessa cidade que é uma ameaça constante de chuva (principalmente quando o céu está limpo), eu tivesse aprendido a não deixar minhas roupas no varal mais tempo que o necessário, mas eu sou assim: cabeça-dura.
P.S.: A quem interessar possa, minhas roupas ainda estão no varal. E ainda está chovendo.
Nunca falha. Se eu, por algum motivo, vejo que minhas roupas já estão secas mas não recolho, chove. E o que é pior: chove quando eu estou longe de casa ou dormindo, pra que eu não possa correr pro varal e evitar um estrago completo. A falta de criatividade do mundo me exaspera.
E era de se esperar que, depois de um ano de experiência nessa cidade que é uma ameaça constante de chuva (principalmente quando o céu está limpo), eu tivesse aprendido a não deixar minhas roupas no varal mais tempo que o necessário, mas eu sou assim: cabeça-dura.
P.S.: A quem interessar possa, minhas roupas ainda estão no varal. E ainda está chovendo.
domingo, 19 de abril de 2009
segunda-feira, 16 de março de 2009
A parte pelo todo
Eu vejo metonímias. Uma saia linda atravessando a rua, um par de sapatos perfeitos entrando no ônibus, uma calça medonha jogando peteca, um óculos estiloso sendo blasé, uma barriga flácida parada na esquina, o cabelo que eu queria pra mim dançando forró, um par de olhos azuis tomando coca cola com um par de pernas finas, um dread nojento subindo de elevador, uma mochila brega parada com polainas laranja, uma tatuagem tosca comprando chocolate, um alargador roxo na fila do james, uma pequena juba vermelha transnominando tudo.
quarta-feira, 11 de março de 2009
Pais e filhos
Se uma mãe dá ao filho o nome de ÉDIPO, ela tá dando uma bela duma indireta, não tá não?
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